Costa Senna lança Viagem ao Centro da Terra pela coleção Clássicos em Cordel
Além de convidá-los para o lançamento de mais um livro da coleção Clássicos em Cordel, da Editora Nova Alexandria, vou repetir parte do texto que escrevi para a apresentação desta obra que será mais um marco na carreira laboriosa do poeta cearense Costa Senna, aqui parceiro póstumo do grande escritor francês Júlio Verne:Viagem ao Centro da Terra em linguagem de CordelPara quem acha que ficção cientifica e literatura de cordel não combinam, vale citar como exemplo o mais famoso folheto de todos os tempos, o Romance do Pavão Misterioso, escrito por José Camelo de Melo Rezende. Este cordel narra as aventuras do jovem Evangelista, que, a bordo de um aeroplano, o Pavão do título, rapta uma linda condessinha, Creusa, prisioneira do próprio pai, um conde perverso e orgulhoso. A versão poética de Viagem ao centro da Terra se concentra na aventura do trio Lidenbrock, Axel e Hans. Da mesma forma que no romance, Axel é o narrador, ou seja, a história se desenvolve segundo o seu ponto de vista. Na segunda e terceira estrofes, ficamos sabendo que o ponto de partida desta aventura é uma casa localizada numa velha rua de Hamburgo, na Alemanha:Na velha Rua do Rei,Casa número dezenove,Em Hamburgo, na Alemanha,A idéia se desenvolveE, só no final do livro,É que tudo se resolve.Ao cientista LidenbrockEsta casa pertencia.Este voltou apressado,O porquê ninguém sabia.Vamos tentar descobrirO que meu tio sentia.Após uma discussão entre Axel e o tio, é encontrado o já citado pergaminho que possibilitará a Viagem do titulo:No desenrolar do achado,A cena foi nos contendo.A gente não acreditavaNaquilo que estava vendo:Símbolos incompreensíveisNele foram aparecendo.O amor de Axel por Grauben, sua noiva, também mereceu destaque nesta adaptação:Grauben era minha noivaE a primeira namorada,Toda cidade queriaVê-la comigo casada.Nosso casamento estavaCom a data já marcada.A verdade é que, nos momentos mais difíceis da expedição, a lembrança da amada realimenta em Axel a esperança de sucesso, mesmo quando tudo parecia estar perdido. Ao final, superados todos os desafios, o poeta deixa claro que os sonhos só não se realizam para aqueles que deixaram de sonhar